Policial do BAEP é executado em Santos; suspeito pula de prédio e morre em fuga desesperada

Tragédia se desenrola no Jardim São Manoel, Santos (SP)

 

Policial do BAEP morre durante ação em Santos, a esquerda José Silveira dos Santos, no centro Policial Militar Samuel Wesley, na terceira imagem, Suspeito que pulou do prédio e morreu na calçada em Santos (SP) - Foto edição

Na manhã desta quarta-feira (7), a cidade de Santos, no litoral de São Paulo, foi palco de uma tragédia que resultou na morte do cabo PM José Silveira dos Santos, integrante do 2⁰ Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP). Durante uma ação de patrulhamento no bairro Jardim São Manoel, o policial foi fatalmente baleado. Um suspeito, ao tentar fugir, pulou do quarto andar de um prédio e também perdeu a vida. Outro policial militar e um segundo suspeito foram baleados e estão internados.

O incidente ocorreu na Rua João Carlos de Azevedo, provocando uma resposta imediata das equipes de socorro e segurança. O boletim de ocorrência da Polícia Militar relata que um sargento foi atingido na cabeça, enquanto o cabo José Silveira dos Santos foi alvejado na região lateral do abdômen. Durante a ação, um dos suspeitos tentou escapar pulando do prédio, resultando em sua morte, enquanto o segundo foi atingido por disparos de arma de fogo.

Imagens obtidas pelo dC mostram a presença de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros no local, destacando a gravidade do confronto.

Os dois policiais feridos foram socorridos pela própria PM e encaminhados à Santa Casa de Santos. O Samu prestou atendimento aos suspeitos, resultando na morte de um deles no local, enquanto o outro foi levado à mesma instituição hospitalar.

Por volta das 13h, a Polícia Militar comunicou o falecimento do Cabo PM José Silveira dos Santos, descrevendo-o como "covardemente alvejado por criminosos". O policial deixa esposa e dois filhos, e a corporação expressou solidariedade à família, enfatizando a busca por justiça para responsabilizar os envolvidos nos atos covardes.

O caso está registrado no 5º Distrito Policial (DP) da cidade, e até o momento da última atualização, não houve retorno das autoridades em relação a informações adicionais.

Policias militares falecidos na Baixada Santista (SP): A direita Marcelo Augusto da Silva, a esquerda Samuel Wesley Cosmo— Foto: Reprodução/Redes Sociais

Tragédias recentes envolvendo policiais

Em 26 de janeiro, o policial militar Marcelo Augusto da Silva perdeu a vida de forma brutal na rodovia dos Imigrantes, próximo a Cubatão. O incidente ocorreu enquanto ele retornava para casa de moto pela rodovia. Um cenário chocante se desenrolou, com uma grande quantidade de munições espalhadas na via, embora o armamento de Marcelo não tenha sido encontrado.

De acordo com a Polícia Civil, Marcelo foi alvejado por um disparo na cabeça e dois no abdômen. Integrante do 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) de São Paulo, o policial estava temporariamente envolvido na Operação Verão em Praia Grande (SP), reforçando o efetivo para garantir a segurança na região.

Em 2 de fevereiro, mais uma tragédia abalou a corporação policial. O policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Samuel Wesley Cosmo, perdeu a vida durante um patrulhamento de rotina na Praça José Lamacchia, no bairro Bom Retiro. Apesar dos esforços para socorrê-lo, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu na Santa Casa de Santos (SP).

Um vídeo obtido pelo dC revela o momento angustiante em que o soldado da Rota foi atingido no rosto durante o patrulhamento no bairro Bom Retiro, evidenciando a periculosidade inerente à rotina dos policiais e a constante ameaça que enfrentam em serviço. Essas perdas dolorosas destacam os desafios enfrentados diariamente pelos agentes da lei na busca pela segurança da comunidade.

A morte do policial José Silveira dos Santos se soma a uma série recente de incidentes trágicos envolvendo membros das forças de segurança na região. O aumento da violência levou à mobilização da Operação Escudo, com sete mortes em confrontos com a polícia e cinco prisões. O dC tentou contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) para obter atualizações sobre a operação, mas ainda não recebeu retorno. A comunidade local lamenta mais uma perda irreparável na luta contra a criminalidade.