Traficante conhecida como “Japinha do CV” foi morta durante a Operação Contenção
Na manhã de terça-feira, 28 de outubro de 2025, o Rio de Janeiro viveu um de seus dias mais violentos com a realização da "Operação Contenção", considerada a maior e mais letal da história do estado. Em meio às mais de 130 mortes confirmadas, entre elas quatro policiais, uma figura chamou a atenção da opinião pública: a traficante conhecida como "Japinha do CV", também apelidada de "Penélope".
Quem era Japinha?
Japinha do CV era considerada uma das principais combatentes de linha de frente do Comando Vermelho nas comunidades do Complexo da Penha e do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. Jovem, com visual marcante e sempre fortemente armada, ela era conhecida por sua participação ativa em confrontos armados com a polícia.
Fotos divulgadas nas redes sociais mostram Japinha com roupas camufladas, colete tático e portando um fuzil, em posição de combate. Segundo investigações da Polícia Civil, ela era responsável por proteger rotas de fuga e pontos estratégicos de venda de drogas, desempenhando papel de confiança junto à liderança da facção.
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| Traficante conhecida como “Japinha do CV” foi morta durante a Operação Contenção. (Reprodução) | 
Como foi morta?
De acordo com a polícia, Japinha foi morta durante um tiroteio intenso no Complexo da Penha. Ela teria resistido à abordagem dos agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e atirado contra a equipe, sendo atingida no rosto por um tiro de fuzil. Seu corpo foi encontrado próximo a um dos acessos principais da comunidade.
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| Japinha do CV caída no chão após confronto com a polícia; ela veste roupas camufladas e colete tático. (Reprodução) | 
O contexto da Operação Contenção
A operação foi uma resposta ao avanço territorial do Comando Vermelho e teve como objetivo cumprir 180 mandados de busca e apreensão, e 100 mandados de prisão. Mais de 2.500 policiais participaram da ação, que resultou em 119 mortes até o momento, sendo 115 civis e quatro policiais.
Durante a operação, moradores relataram cenas de guerra, com helicópteros sobrevoando as comunidades, explosões, uso de drones com bombas por parte dos criminosos e corpos sendo recolhidos em áreas de mata por parentes e vizinhos.
Repercussão e críticas
A morte de Japinha, assim como a de outros alvos da ação, gerou reções polarizadas. De um lado, autoridades defenderam a legitimidade da operação. Do outro, entidades de direitos humanos e lideranças comunitárias denunciaram o que chamaram de chacina e abuso de poder.
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nota afirmando estar "horrorizada" com a letalidade da ação e pediu investigações rápidas e imparciais.
A morte de Japinha do CV é um dos muitos capítulos de um conflito urbano que se intensifica no Rio de Janeiro. A história da jovem traficante, alçada à linha de frente de uma facção criminosa, lança luz sobre as complexas dinâmicas do crime organizado e as respostas do Estado. Resta saber se a operação será capaz de desarticular de fato o poder do Comando Vermelho ou se os efeitos colaterais aprofundarão ainda mais as feridas sociais na capital fluminense.
 
							     
							     
							     
							    

 
 
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