Prefeitura confirma surto de virose e divulga laudo sobre qualidade da água em Américo Brasiliense

Casos suspeitos de escarlatina fecharam escola; odor forte segue sob apuração da CETESB

 

A Prefeitura de Américo Brasiliense se pronunciou nesta sexta-feira (24) diante do aumento expressivo de atendimentos por virose na cidade e da preocupação crescente da população com um odor forte semelhante a esgoto, sentido em diversos bairros do município.

Por meio de nota oficial, a administração municipal confirmou que o município enfrenta um surto de virose, com alta procura por atendimento médico, especialmente no Hospital Municipal, nas últimas 24 horas. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, amostras estão sendo coletadas e enviadas para análise laboratorial, a fim de identificar qual vírus está em circulação. Até o momento, não há laudo conclusivo.

Casos suspeitos de escarlatina e suspensão de aulas

A Vigilância Sanitária informou que a suspensão das aulas na EMEF João Batista ocorreu como medida preventiva, após a notificação de dois casos suspeitos de escarlatina entre alunos. A medida, segundo o órgão, visa evitar qualquer risco de disseminação e não tem relação direta com os casos de virose em geral.

Água da cidade é considerada potável

Diante de especulações nas redes sociais de que a virose estaria relacionada à água consumida na cidade, a Prefeitura divulgou os resultados de duas análises laboratoriais realizadas nesta semana, com base na Portaria GM/MS 888/2021, que regulamenta os parâmetros de potabilidade da água para consumo humano.

O laudo técnico emitido pela empresa Suprema Analítica confirma que a água de Américo Brasiliense:

• Está dentro dos parâmetros permitidos de cloro residual, turbidez, cor, pH e flúor;

• Não apresentou presença de coliformes totais nem Escherichia coli nas amostras analisadas;

• É considerada potável e sem risco para consumo.

Portanto, a hipótese de contaminação da água foi oficialmente descartada pela administração municipal.

Odor forte segue sem explicação definitiva

Quanto ao mau cheiro sentido em diversos bairros da cidade, a Prefeitura informou que não é responsável pela fiscalização ambiental de fontes industriais, atribuição que cabe à CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). A administração destacou ainda que entrou em contato com a Usina São Martinho, que negou ter realizado qualquer aplicação de produto em um raio de 20 quilômetros da cidade nos últimos dias.

A origem do odor, no entanto, ainda não foi esclarecida oficialmente, e a CETESB foi acionada para apuração técnica do caso.

Jornal cobra respostas de órgãos estaduais

O Diário da Cidade também encaminhou solicitações formais à CETESB à Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo e a Usina da cidade, pedindo esclarecimentos sobre:

• A possível relação entre o surto de viroses em Américo Brasiliense e outros municípios da região;

• A existência de outros surtos similares em andamento no estado;

• Quais medidas de prevenção e cuidado devem ser adotadas pela população;

• E se há investigação ambiental sobre o odor relatado.

Seguimos acompanhando a situação e publicaremos novas informações assim que houver posicionamentos das autoridades estaduais e ambientais.

Atualização 24 de outubro – Nota oficial da CETESB

Após a publicação desta matéria, a CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) enviou nota oficial ao Jornal O Diário da Cidade, informando que realizou vistorias no entorno da Usina São Martinho e em bairros de Américo Brasiliense nos dias 23 e 24 de outubro. De acordo com o órgão, não foi constatado odor durante as inspeções. Confira a nota na íntegra:

"A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) informa que realizou ontem (23) e hoje (24) vistorias no entorno da fábrica e em bairros da cidade. Durante as inspeções, não foi constatado odor. A CETESB informa que segue acompanhando o caso e orienta a população a denunciar imediatamente qualquer tipo de anormalidade pelos canais de atendimento oficiais da empresa no 0800 500 1350."

Atualização pendente: A redação de O Diário da Cidade segue no aguardo do posicionamento oficial da Usina, bem como da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Assim que as respectivas notas forem recebidas, serão divulgadas na íntegra.