Megaoperação no Rio deixa 121 mortos e moradores denunciam corpos encontrados na mata

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Comunidade da Penha retira dezenas de cadáveres da Serra da Misericórdia e leva para praça a fim de facilitar identificação

 

Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, após ação policial da Operação Contenção.
Foto: Eusébio Gomes/TV Brasil

O Governo do Estado do Rio de Janeiro confirmou, nesta quarta-feira (29), um total de 121 mortos durante a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha. De acordo com a Secretaria da Polícia Civil, entre as vítimas estão quatro agentes de segurança e 117 pessoas classificadas como suspeitas de envolvimento com o crime organizado. Trata-se da ação mais letal já registrada no estado.

Após o fim dos confrontos, moradores do Complexo da Penha relataram ter encontrado dezenas de corpos em uma área de mata conhecida como Serra da Misericórdia. Durante a madrugada, parte da população se mobilizou para retirar os cadáveres do local e levá-los até a Praça São Lucas, em uma tentativa de facilitar o reconhecimento por familiares.

Os relatos da comunidade divergem dos números informados inicialmente pelo governo. Moradores afirmam que mais de 70 corpos foram localizados, enquanto a Polícia Civil confirma, por ora, 63 cadáveres retirados da mata. Todos os números ainda serão objeto de análise pericial para confirmar se as mortes têm relação direta com a operação.

As autoridades de segurança classificaram o resultado como expressivo no enfrentamento ao Comando Vermelho. O governador Cláudio Castro afirmou, em entrevista, que considera a ação bem-sucedida e que apenas os agentes mortos são reconhecidos oficialmente como vítimas. Ele também declarou que somente serão contabilizadas pelas forças de segurança as mortes registradas após entrada no Instituto Médico-Legal (IML).

A Secretaria de Segurança Pública destacou que a operação foi de alto risco e envolveu, ao todo, cerca de 2,5 mil policiais civis e militares. A estratégia adotada incluiu um bloqueio tático na região da Serra da Misericórdia para cercar e pressionar criminosos até áreas de mata, onde equipes especializadas aguardavam o avanço.

Com a grande quantidade de óbitos, o atendimento às famílias e os procedimentos de identificação no IML do Centro do Rio estão sendo conduzidos sob acompanhamento do Ministério Público. Necropsias sem relação com a operação foram redirecionadas ao IML de Niterói.

A retirada de corpos pela população, com cenas que chocaram moradores e ativistas de direitos humanos, repercutiu nacional e internacionalmente. Há expectativa de que órgãos de controle e investigação acompanhem o desfecho do caso, diante da divergência entre os relatos dos moradores e os dados fornecidos pelo governo estadual.


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