3I/ATLAS exibe comportamento anômalo e reacende debate sobre possíveis sondas extraterrestres
A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) ativou seu protocolo de emergência em defesa planetária após o cometa interestelar 3I/ATLAS apresentar comportamento fora dos padrões esperados, incluindo variações de brilho, aceleração não gravitacional e emissão de gases metálicos incomuns.
A situação levou a Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN) a lançar uma sonda de monitoramento emergencial, enquanto uma força-tarefa foi estabelecida para operar entre 27 de novembro de 2025 e 27 de janeiro de 2026, período em que o objeto fará sua maior aproximação do Sol.
Entre os especialistas que acompanham o caso, o astrofísico Avi Loeb, da Universidade de Harvard, afirmou que o 3I/ATLAS pode ser um artefato alienígena, descrevendo o fenômeno como um possível “evento cisne negro” — ou seja, uma ocorrência de alto impacto e difícil previsão, cujas consequências podem ser significativas para a humanidade.
Segundo Loeb, o objeto — que mede aproximadamente o mesmo que Manhattan e pesa cerca de 33 bilhões de toneladas — apresentou uma “anticauda” (jato de partículas voltado ao Sol) e emite uma substância metálica rara (tetracarbonila de níquel), até então observada apenas em processos de fabricação humana.
“Se for mesmo uma nave, pode estar usando a gravidade solar para mudar de trajetória. A possibilidade de que tenha intenções hostis não pode ser descartada, ainda que não se possa confirmá-la”, afirmou o cientista, que compara a presença do cometa a “um encontro às cegas com um possível assassino em série”.
Apesar das especulações, a posição oficial da Nasa é de que o objeto não representa ameaça imediata à Terra, mas os estudos sobre sua natureza e origem permanecem em curso com o apoio do Telescópio Espacial James Webb e instituições internacionais.
A história de cometas interestelares ganhou força nos últimos anos com o caso de Oumuamua (2017) e Borisov (2019). O 3I/ATLAS é apenas o terceiro objeto confirmado com origem fora do Sistema Solar a atravessar a região interna próxima ao Sol.



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