Saraiva entra com pedido de autofalência na Justiça

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Rede de Livrarias está em recuperação judicial desde 2018, depois de não ter conseguido renegociar dívidas com fornecedores.

 

A rede de livrarias Saraiva entrou com um pedido de autofalência na Justiça nesta quarta-feira (4).


Isso significa que a empresa admitiu sua própria insolvência (incapacidade de quitar suas obrigações), após passar quase cinco anos em recuperação judicial. (entenda mais abaixo)


Em comunicado divulgado ao mercado, a empresa informou que o pedido foi protocolado nos autos do processo de recuperação judicial, na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foto Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo.


A companhia também afirmou que a RSM Brasil Auditores Independentes não presta mais serviços de auditoria à ela.


O anúncio acontece quase duas semanas depois de a empresa revelar o fechamento de todas as suas lojas físicas e a demissão de todos os funcionários da operação presencial, mantendo seu funcionamento apenas no e-commerce.


A decisão também vem pouco tempo depois de o então presidente e diretor de relações com investidores da companhia, Jorge Saraiva Neto, e do vice-presidente Oscar Pessoa Filho terem renunciado aos seus cargos, em 23 de setembro.


O que é autofalência?

De acordo com a lei brasileira, o pedido de falência pode vir tanto de credores e acionistas quanto da própria empresa devedora — sendo chamado, nesse último caso, de "pedido de autofalência".


Normalmente, o pedido de falência ou autofalência acontece quando a empresa não tem mais capacidade de pagar suas contas, de maneira que o valor de suas obrigações é maior do que os recursos disponíveis no caixa da companhia.


O que aconteceu com a Saraiva?

A rede de livrarias estava em recuperação judicial desde 2018, depois de não ter conseguido um acordo com seus fornecedores para a renegociação de suas débitos.


À época, a empresa havia informado que tinha dívidas no valor de R$ 675 milhões.


Histórico

A Saraiva foi fundada em 1914 em São Paulo pelo imigrante português Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva. Funcionando próxima à Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 1917, passou a editar livros jurídicos.


A expansão da rede começou na década de 1970, com a abertura da segunda loja, na Praça da Sé. Na década seguinte, lojas foram abertas em shoppings e em outros estados do país.


Segundo a companhia, os negócios começaram a perder ritmo em 2014, com a estagnação da economia do país.


À época, a Saraiva afirmou que o faturamento foi impactado pela greve dos caminhoneiros e pela Copa do Mundo, pelo desabastecimento de fornecedores de telefonia e tecnologia, e por problemas na implementação do novo sistema interno de gestão.

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