Vídeo lançado recentemente, afirma ligação de cartel do cancelamento com governo Lula
A agência Mynd8, liderada pela CEO Fátima Pissarra, está sob intensa investigação após acusações de difamação relacionadas ao caso de Jéssica Canedo, uma jovem de 22 anos que cometeu suicídio em dezembro do ano passado. O conglomerado de empresas, canais e influenciadores vinculados à agência, notadamente o canal Choquei, é apontado como parte do chamado "cartel do cancelamento" pelo youtuber Daniel Penin.
As informações sugerem que a agência Mynd8, por meio de suas operações, teria desencadeado um assédio psicológico que levou Jéssica Canedo ao suicídio. O Choquei admitiu ter propagado informações falsas sobre um suposto envolvimento amoroso entre Jéssica e o influenciador Whindersson Nunes, desencadeando uma onda de ataques nas redes sociais, o que possivelmente teria influenciado o trágico desfecho.
O depoimento prestado à Polícia Civil de Minas Gerais pelo responsável da Choquei, Raphael Sousa, trouxe à tona a conexão entre essas ações e o suicídio de Jéssica. Contudo, a dificuldade em enquadrar as empresas no crime de indução ao suicídio tem sido um desafio para as autoridades, enquanto a possibilidade de difamação permanece em análise.
Fátima Pissarra, CEO da Mynd8, ganhou destaque durante a campanha eleitoral de 2022, ao expressar apoio ao ex-presidente Lula e criticar os apoiadores de Jair Bolsonaro. A participação ativa da empresa no ambiente político despertou debates sobre os limites éticos do engajamento político no contexto de uma empresa de influência com alcance em torno de 100 milhões de pessoas.
Diante dessa polêmica, parlamentares como Gustavo Gayer (PL-GO) e Daniel Freitas (PL-SC) estão buscando a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações da Mynd, seus sócios, perfis e influenciadores agenciados. Além disso, há planos de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para aprofundar as investigações.
O escopo das atividades da Mynd8, especialmente através da "Banca Digital" que gerencia 34 perfis de entretenimento e ativismo político, tornou-se foco de questionamentos sobre sua influência nos debates políticos e sociais, incluindo acusações de disseminação de notícias falsas.
O caso levanta preocupações sobre a responsabilidade das empresas e seus líderes na esfera política e social, especialmente em um contexto de polarização crescente no Brasil. Enquanto isso, as repercussões políticas do caso continuam a reverberar, colocando em destaque a necessidade de examinar a ética e o papel das empresas na esfera pública.
COMENTÁRIOS