Influenciadores são investigados por divulgar o "Jogo do Aviãozinho" ilegalmente

Veja quem são os influenciadores investigados pela divulgação de jogo de azar

 

Uma investigação policial está em curso para averiguar influenciadores digitais que têm realizado a divulgação de jogos ilegais. Recentemente, um programa abordou casos relacionados ao "Jogo do Tigrinho" e, no último domingo (17), trouxe em primeira mão uma investigação realizada em São Paulo sobre o "Jogo do Aviãozinho".

Entre os influenciadores sob investigação estão Jon Vlogs, Viih Tube, Juju Ferrari, Mel Maia, Rico Melquiades, MC Kauan e Juju Salimeni, todos acusados de fazer propaganda desse jogo, que é considerado ilegal no país, prometendo lucros garantidos. Alguns deles se pronunciaram por meio de suas defesas, oferecendo esclarecimentos sobre o ocorrido.

O jogo, conhecido como "Crash" ou "Jogo do Aviãozinho", é uma das principais atrações da plataforma Blaze. Nele, à medida que um avião virtual começa a voar, o valor do prêmio aumenta, e os apostadores precisam decidir o momento de encerrar o voo, pois se a palavra "Crashed" surgir antes disso, a aposta é perdida.

A Blaze, responsável pela plataforma, tem contratado celebridades com milhões de seguidores para a divulgação desse jogo ilegal. O roteiro utilizado nessas publicidades costuma iniciar com um convite, atraindo a atenção dos seguidores para participarem do jogo.

A legalidade desse tipo de jogo no Brasil é questionável, e a divulgação por parte de figuras públicas e influenciadores pode aumentar a exposição de um grande número de pessoas a práticas ilegais, levando a preocupações sobre os riscos envolvidos.

Enquanto a investigação segue seu curso, o debate sobre a responsabilidade dos influenciadores na promoção de atividades ilegais ganha destaque, levantando questões importantes sobre ética e o papel dessas personalidades na sociedade digital.

"Vou jogar o Crash com vocês, que é o meu preferido", chama Juju Salimeni em vídeo.

"Dá pra fazer uma grana muito rápido", promove Juliana Ferrari.

Mas com ressalvas...

"É um jogo para maiores de 18 anos", diz MC Kauan.

"Tem que jogar com consciência, porque você pode ganhar e você pode perder", alerta a atriz Mel Maia.

E o final sempre feliz.

"Aí ó! Apostei R$ 500 e ganhei R$ 1.100", conta a ex-BBB Viih Tube.

"E a Blaze jogando dinheiro na conta! Faturando muito", canta Jon Vlogs em videoclipe.

Jon Vlogs, inclusive, chegou a fazer uma publicação para rebater comentários que surgiram nas redes sociais de que ele seria sócio da empresa:

"Não sou dono da Blaze, p... Quem dera se eu fosse! Mas ganho muito dinheiro com a Blaze. A credibilidade veio depois que a minha empresa entrou, todo mundo tinha medo. Entrou os influencers, entrou a galera foda, todos os cassinos lucraram com isso. Não foi só a Blaze não", diz Jon Vlogs.

Influenciadores sob investigação: Divulgação de jogo ilegal gera repercussão

A divulgação de jogos ilegais por influenciadores digitais trouxe à tona preocupações legais e éticas, especialmente em relação ao jogo conhecido como "Jogo do Aviãozinho" ou "Crash", oferecido pela plataforma Blaze. Esta e outras atividades da Blaze são consideradas ilegais no Brasil, e as implicações legais podem atingir tanto as empresas quanto os apostadores e aqueles envolvidos na divulgação desses jogos.

No centro dessa investigação estão influenciadores renomados, sendo todos os apresentados na reportagem alvo das investigações em curso.

Viih Tube, uma das figuras envolvidas, declarou que, ao tomar ciência das denúncias contra a Blaze, solicitou o encerramento do contrato com a empresa. Juju Ferrari também se manifestou, afirmando que não realiza mais a divulgação de conteúdo relacionado à Blaze, reforçando que sua ligação era estritamente publicitária.

A assessoria de Jon Vlogs esclareceu que ele mantém contrato com a Blaze desde 2021, destacando que sua relação se restringe ao âmbito de influenciador, sem qualquer participação acionária na empresa.

Mel Maia, por meio de seus advogados, divulgou uma nota afirmando não ter conhecimento de qualquer investigação envolvendo o site em questão. Ela ressaltou que foi contratada exclusivamente para ações publicitárias e que aguardará o desfecho da investigação para tomar medidas cabíveis.

No entanto, alguns dos influenciadores, como Rico Melquiades, MC Kauan e Juju Salimeni, não responderam aos contatos feitos pela reportagem, mantendo-se sem pronunciamento até o momento.

A repercussão dessas revelações levanta questionamentos sobre a responsabilidade dos influenciadores na promoção de atividades ilegais, além de evidenciar os riscos associados à publicidade de jogos de azar não regulamentados no país. As implicações legais em torno dessas práticas continuam a ser um ponto de interesse enquanto as investigações seguem em andamento.