O advogado de defesa, Mário Sérgio Ota, declarou que irá recorrer da decisão
Vinte e três anos depois do brutal assassinato de Adriano Cordeiro Pinho e Jeová de Oliveira Pinho no Jardim Ieda, a justiça finalmente alcançou Douglas Altair Thomaz, hoje com 47 anos. Na última terça-feira (30), ele foi condenado a 16 anos de prisão pelo crime que abalou a comunidade em 2000.
O crime ocorreu em 3 de outubro de 2000, quando uma discussão entre uma das vítimas e o irmão de Douglas, ocorrida durante um comício, culminou em uma trágica série de eventos. Dias depois, uma briga em um bar levou Douglas e seu comparsa, Jamiro Lourenço, até a residência das vítimas na Avenida Darci Santos Bezerra. A discussão escalou, resultando na morte dos irmãos, então com 40 e 26 anos, através de tiros e golpes de facão. Após o crime, a dupla fugiu, deixando a comunidade atônita.
Atualmente, o local do homicídio não abriga mais familiares das vítimas. Os atuais moradores não têm qualquer envolvimento ou ligação com o caso. Os familiares das vítimas preferiram não conceder entrevistas, mas afirmaram que, mesmo após tantos anos, a justiça, embora tardia, foi finalmente feita.
Após o crime, Douglas fugiu para o estado de Minas Gerais, onde levou uma vida aparentemente normal. Construiu uma família, teve filhos e trabalhou por 17 anos no ramo de hortifruti, segundo informações não confirmadas. O paradeiro da empresa em que trabalhava não foi localizado pela equipe de reportagem. Douglas foi encontrado e preso recentemente pela polícia, sendo encaminhado a um presídio na cidade mineira de Montes Claros, localizada a 889 quilômetros de Araraquara.
O advogado de defesa, Mário Sérgio Ota, declarou que irá recorrer da decisão, buscando reduzir a pena de 16 anos imposta a Douglas Altair Thomaz.
Já o comparsa Jamiro Lourenço, atualmente com 50 anos, foi preso em 2004 e condenado a 6 anos de prisão na época. Ele cumpriu a pena, mas encontra-se novamente detido na Penitenciária de Araraquara desde 2018, desta vez por outro homicídio não relacionado ao caso de Adriano e Jeová. A defesa de Jamiro não foi encontrada, e aguardamos manifestação do advogado para atualizações sobre o caso.
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